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terça-feira, 5 de julho de 2011

Geração Y cria novo modelo de leitura

Leitura na web vem substituindo os livros para jovens contemporâneos
Uma biblioteca em casa. Esse era o sonho de muitos jovens do século XX. Entretanto, na sociedade moderna essa opção parece muito mais fácil do que em alguns anos atrás. Livros empoeirados e ocupando o espaço do quarto parecem não ser mais uma boa pedida para os jovens de hoje em dia.
O grupo de amigas, Anna Carolina, Ana Laura e Andressa faz jus a essa pedida. As meninas que adoram a cultura pop americana e idolatram Justin Bieber afirmam gostar de ler alguns livros, entretanto se tiverem que escolher entre ficar nas redes sociais ou ler o livro que foi pego na biblioteca elas não hesitam ao responder: “Internet!”. Suas mães até que tentaram fazer com que as garotas tivessem maior interesse pela leitura. No caso de Anna Carolina, ela conta que sua irmã lhe deu alguns livros de presente para incentivá-la a ler. “Ela até que acertou no meu gosto, me deu alguns livros interessantes e não muito extensos, mas eu canso rápido e acabo me entediando”, relatou.
Da infância à pré-adolescência, a leitura tem tido um número cada vez menor de adeptos. Tanto é real, que essa situação tem trazido à tona grandes debates sobre como deve ser a leitura na era digital. Desde criadores de políticas educacionais até especialistas na área da comunicação digital, o assunto tem sido debatido e a solução a que todos têm chegado é a do casamento perfeito entre literatura e era digital.
Ações como essa não estão muito longe de cidades do interior do Rio Grande do Sul, por exemplo. Um projeto coordenado pelos Mestres da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Larry Wizniewski e Rosita da Silva Santos,  intitulado Mídia, Mediações e Ensino de Literatura para Adolescentes que tem por objetivo estar dentro desse padrão de adequação da leitura às mídias digitais a partir das teorias desenvolvidas em Educominação, “que é a união metodológica e pedagógica das áreas da comunicação e da educação, criando uma perspectiva teórica-prática que visa ampliar e qualificar através de recursos materiais e simbólicos da comunicação social, os processos de ensino e aprendizagem”.
O projeto tem como hipótese a possibilidade de redução do impacto negativo de textos de literatura brasileira, marcados por características de predominância da subjetividade, da polissemia e da indeterminação, junto aos alunos do Ensino Médio, através de traduções intersemióticas que objetivem aos aspectos mais subjetivos sem, no entanto, reduzir a intencionalidade autoral dos textos escolhidos.
O projeto ainda está em fase de testes, entretanto, no futuro, quando as amigas Anna Carolina, Ana Laura e Andressa chegarem ao Ensino Médio, poderá contar com um novo modelo de literatura mais atual e que pretende facilitar a leitura dos livros solicitados pelas provas de seleção como Vestibular e Enem. 
Todavia uma coisa é certa, a geração Y já intitulou uma nova modalidade ao estilo de leitura do século XXI. Cabe agora aos professores se adaptarem a esse novo perfil. 

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