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quarta-feira, 1 de junho de 2011

É mesmo apaixonante

São inevitáveis os dissabores em qualquer profissão. E na de repórter não poderia ser diferente. Por isso digo que tem que ter vocação para atuar.
Sim, é uma verdadeira atuação. Mas não da maneira como muitos ainda a veem, com glamour e participação em eventos interessantes. Isso é o que as mentes pequenas ainda pensam a respeito.
Não só no sentido literal, você tem que correr atrás da fonte, principalmente se o fato render ou for polêmico. Hoje mesmo uma fonte importante me concedeu dois “bolos”, depois de muita dificuldade para marcar a entrevista. Paciência. Espero que para a próxima edição ela encontre um tempo para atender esta esperançosa jovem que só precisa cumprir sua tarefa.
Mas diante de tantos processos que se desenrolam até a publicação do fato, correr em busca de uma brecha na agenda do cara é o mais fácil. Não pensem que até chegar à publicação, que pode render um espaço bacana na página, numa ímpar –, “é bem assim”!
Matéria aceita pelo teu chefe, editada, revisada, publicada. Muitas etapas que se desenrolam em um curto espaço de tempo. Aí é só esperar. É quando aparece o glamour de ser repórter: você ser reconhecido. Não existe nada igual quando se recebe um elogio de um leitor sobre uma matéria tua! Saber que a tua publicação fez alguém parar, ler e pensar sobre aquilo é algo fantástico. O apaixonante da profissão é perceber que depois de todo o esforço que descrevi, o leitor reconhece o teu trabalho.
Pode o editor-chefe não te elogiar, e até desmerecer o teu conhecimento – sim, para quem está ingressando na área ou pretende pode ir se acostumando – mas depois que você fez a diferença para alguém, é como se você dissesse baixinho: “ei chefe, desiste, ganhei meu dia!"

Jaqueline Peripolli

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