Total de visualizações de página

Páginas

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O que você quer ser quando crescer?

Por muito tempo eu ouvi essa pergunta. Demorei, mas decidi.
Escolher uma profissão não é tarefa fácil e envolve muito dinheiro. Faculdade e cursos técnicos são para a vida inteira. Por muitas vezes pensei o que eu queria do meu futuro. Cursar administração, educação física, economia, direito, química, história ou jornalismo? Que profissão me daria mais realização? Deveria fazer um teste vocacional?
Na verdade, desde pequena imagino o dia que o Zeca Camargo vai se aposentar e alguém vai substituí-lo. Poderia ser eu. Para chegar até lá vou ter que ralar muito e mostrar do que sou capaz.
Meu pai disse uma vez que a melhor profissão do mundo é ser pescador: ficar o dia inteiro na beira do mar, esperando o peixe morder a isca, e a noite se deliciar com um peixe grelhado. Ele pode estar certo, mas cadê a emoção? Aquela, de ver seu nome estampado na primeira página do jornal com uma reportagem magnífica, pela qual passou noites mal dormidas. Ou a emoção de conseguir uma entrevista exclusiva com aquele cara que não fala com a imprensa, ou cobrir um Gre-Nal e engolir um grito de gol no meio da torcida rival. A emoção de encontrar um furo de reportagem porque estava no lugar certo, na hora certa e com uma câmera na mão.
Tudo isso justifica a minha escolha: ser jornalista. Saber que você pode ajudar a construir uma opinião e decidir uma eleição, saber que um dia você poderá ser contratado pelo Fantástico. Até mesmo em um dia ruim, receber uma ligação do seu pai, todo orgulhoso, dando os parabéns pela ótima reportagem. A próxima vez que perguntarem o que eu vou ser quando crescer, responderei: vou ser jornalista.

Daniele Santos e Gislaine Windmöller

Nenhum comentário:

Postar um comentário